O NOVO PADRÃO DE VIVER A VIDA

Ousar viver na materialidade com os valores da espiritualidade

domingo, 26 de abril de 2009

A NATUREZA ESPIRITUAL E A NATUREZA HUMANA
"Não se trata do que se faz, mas de como se faz, para que se faz. O ato, a ação, não é por si só atributo de elevação ou não. O que pode ser considerado como atributo de elevação espiritual é a base da ação: a intencionalidade com que se vivencia cada acontecimento da existência."

A primeira base ou comportamento que norteia o ser humanizado é o materialismo. O espírito quando encarnado é sempre materialista por essência. Mesmo aqueles que buscam a Deus, na verdade ainda almejam o materialismo. Já o espírito norteia a sua interatividade com base no espiritualismo.
O materialismo, apesar do que muitos acham, não é querer objetos materiais (dinheiro, bens materiais), mas se aplica àquele que quer a felicidade material, o prazer, a satisfação de ver seus desejos realizados. Desejando estar aqui e conseguindo, certamente está gozando o prazer e não a felicidade incondicional.
Isto é materialismo. Mesmo que o desejo seja voltado para as coisas divinas, quando existe o contentamento de ter realizado o que era desejado o ser humanizado alcança o prazer. A realização de desejos, não importa qual seja, é prazer e leva apenas ao materialismo, à prisão à vida material.
O espiritualismo como base de vida é mais do que se voltar para as coisas divinas, mas caracteriza- se por alcançar a felicidade com as coisas divinas.
Quem alcança esta felicidade vive na equanimidade (não alteração de ânimos) e não no prazer (“que bom, consegui vir”) ou na depressão (“eu queria tanto ter ido...”).
O segundo aspecto da natureza humana é que ela age sempre guiada por regras e normas baseadas em padrões materiais. Mesmo que a busca seja pela coisa espiritual, a natureza humana segue regras e normas humanas, padrões materiais.
Alguns imaginam uma rosa, outros uma luz que desce do céu, outra corrente ainda prega que seja necessário focalizar determinado chacra. Isto é prender-se a regras e normas, padrões humanos, pois eu pergunto: e quando não houver mais corpo, mais formas, mais chacras como farão para existir no Universo?
Além do mais este padrão é ditado por alguém que experimentou individualmente e, para ele, deu certo. Mas, quantos não conseguem justamente porque querem copiar o padrão individual do outro e não sabem que é por este motivo?
No mundo espiritual não existem padrões e regras porque não existe individualismo, ou seja, cada um experimenta a sua individualidade pelo seu caminho. Apenas uma coisa existe no Universo e ela é genérica: o Amor.
Só o amor é comum a todos os espíritos e, por conseguinte o amar. Assim sendo os espíritos vivem pela consciência amorosa que possuem e não por padrões ditados por quem quer que seja, inclusive Deus.
Portanto, se você quiser pela sua natureza espiritual sair da carne, ligue-se no amor universal e não em coisas materiais, em padrões ditados exteriormente. Esta é a segunda característica que diferencia a natureza humana da espiritual: seguir padrões ditados por outros versus a conquista da consciência amorosa.
A terceira característica diferente entre as naturezas é que a humana é individualista enquanto que a espiritual é universalista. A natureza humana está sempre buscando o seu bem individual enquanto que a espiritual está sempre buscando viver para o próximo, para servir o próximo sem intencionalidade alguma.
A natureza espiritualista é completamente livre de paixões individualizadas e, portanto, sem desejos a seres satisfeitos. O único objetivo da natureza espiritualista é servir incondicionalmente ao próximo.
Já a natureza humana é apegada a paixões que geram vontades. Ela não consegue lidar com os elementos da existência carnal sem gerar uma paixão individual. Mesmo no tocante ao relacionamento com as coisas divinas, a natureza humana está sempre pensando em si primeiro.
Por exemplo, vocês vieram aqui para evoluírem, para adquirirem conhecimento para a sua evolução ou para servirem ao próximo? Claro que foi para si, para ganhar. É este egoísmo de querer para si, mesmo que seja a elevação espiritual que caracteriza a natureza humana.
Aquele que vivesse na essência espiritual viria aqui sem planejar, sem desejar, mas porque Deus o trouxe. Estaria aqui participando desta conversa com a consciência amorosa, ou seja, emanando amor e não prestando atenção nas regras e normas para sua evolução. Enquanto aqui permanecesse não esperaria receber nada, mas estaria sempre voltado a expandir o amor para servir ao próximo.
O que a característica humana deseja é contrário ao que a característica espiritual quer. Esta constatação precisa ficar bem clara para aqueles que pretendem realizar a elevação espiritual, pois não adianta se buscar a vida espiritual na natureza humana, ou seja, com prazer, com regras e normas e com individualismo. É preciso buscá-la com a natureza espiritual: com o espiritualismo, que se traduz pela felicidade incondicional, que é fruto da consciência amorosa da ação, e pelo universalismo, se doar ao próximo.
Resumindo para deixar bem clara esta questão da busca da elevação espiritual: não se trata do que se faz, mas de como se faz, para que se faz. O ato, a ação, não é por si só atributo de elevação ou não. O que pode ser considerado como atributo de elevação espiritual é a base da ação: a intencionalidade com que se vivencia cada acontecimento da existência.
Por isso, não importa se você passa o dia inteiro “rezando ajoelhado no milho” ou se freqüenta regularmente um local de ligação com Deus; se não tiver como fundamentos da sua existência o espiritualismo, a consciência amorosa e o universalismo nada foi realizado.
www.meeu.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Site Meter