O NOVO PADRÃO DE VIVER A VIDA

Ousar viver na materialidade com os valores da espiritualidade

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


A NATUREZA ESPIRITUAL E A HUMANA
Se realizar a reforma íntima não é freqüentar cultos, orar, estudar, assumir posição de guia, trabalhar com a mediunidade, fazer a caridade material, buscar o místico, conferir super valores a elementos deste mundo, o que é então?
Vamos ver isso…
O que eu quero dizer é isto: deixem que o Espírito de Deus dirija as suas vidas e não obedeçam aos desejos da natureza humana. Porque o que a nossa natureza humana deseja é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana deseja. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que querem. Porém, se é o Espírito que guia vocês, então, não estão debaixo da Lei.
Gálatas, 5, 16 e 17.
Paulo nos afirma que o que a natureza humana quer é contra o que o espírito quer. Mas, não foi só Paulo que disse isso. Cristo também ensinou que não se devem amealhar bens na Terra, mas sim no céu e os demais mestres também ensinaram que a natureza humana é contrária à espiritual. .
Esta informação, portanto, é importante para o espiritualista, pois ela deixa claro o que precisa ser reformado: a natureza humana que o espírito vive durante a encarnação. Este é o trabalho que precisa ser realizado pelo ser durante a vivência dos acontecimentos do mundo humano. Por quê? Porque quem vive a existência carnal preso à natureza humana é movido pelas paixões determinadas por ela.
Sei que vocês acham que os anseios humanos são idênticos aos do espírito liberto da materialidade, mas isso não é real. Aquilo que o ser universal almeja quando encarnado nada tem a ver com aquilo que acreditava importante conseguir antes.
É exatamente por causa dessa divergência de desejos que a natureza humana torna-se contrária àquilo que o espírito quer. É por isso que eles precisam ser combatidos e combatê-los é o que caracteriza o trabalho da reforma íntima.
Mas, por que o desejo do espírito quando humanizado se altera? Por causa das três bases da vida ou três comportamentos que norteiam a interatividade do ser encarnado nos relacionamentos com as pessoas, objetos e acontecimentos de sua existência.
1.   A primeira base ou comportamento que norteia a vida e gera os desejos do ser humanizado é o materialismo. O espírito quando encarnado é sempre materialista por essência. Mesmo aqueles que buscam a Deus, na verdade ainda almejam o bem material. Já o espírito norteia a sua interatividade com base no espiritual.
Esperar viver aquilo que se quer: isto é materialismo. Mesmo que o desejo seja voltado para as coisas divinas, quando existe o contentamento de ter realizado o que era desejado o ser humanizado vive a sua natureza humana e não a espiritual. Sonhar em realizar os desejos, não importa quais sejam, é viver a partir da natureza humana.
Portanto, quem quer viver a sua natureza espiritual precisa reformar-se. Precisa deixar de sonhar conseguir realizar seus desejos para viver a felicidade e vivenciá-la sempre, mesmo que o sonha não seja alcançado.
2.   O segundo aspecto da natureza humana é que ela age sempre guiada por regras e normas.
Mesmo que o ser venha a ser prejudicado com o que o outro faz, por conta do reconhecimento do direito de livre optar pelo que quer do outro, o espírito nunca o acusa ou ataca. No mundo espiritual não existem padrões e regras porque não existe individualismo, ou seja, cada um experimenta a sua individualidade pelo seu caminho. Apenas uma coisa existe no Universo e ela é genérica: o Amor. Só o amor é comum a todos os espíritos e, por conseguinte o amar. Portanto, para se viver a natureza espiritual é preciso ligar-se sempre ao amor e não a regras de comportamento.
3.   A terceira característica diferente entre as naturezas é que a humana é individualista enquanto que a espiritual é universalista. A natureza humana está sempre buscando o seu bem individual enquanto que a espiritual está sempre buscando viver para o próximo, para servir o próximo sem intencionalidade alguma.
Resumindo para deixar bem clara esta questão da busca da elevação espiritual: não se trata do que se faz, mas de como se faz, para que se faz. O ato, a ação, não é por si só atributo de elevação ou não. O que pode ser considerado como atributo de elevação espiritual é a base da ação: a intencionalidade com que se vivencia cada acontecimento da existência.
Por isso, não importa se você passa o dia inteiro rezando ajoelhado no milho ou se freqüenta regularmente um local de ligação com Deus; se não tiver como fundamentos da sua existência o espiritualismo, a consciência amorosa e o universalismo, nada foi realizado.

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